Sobre cervejas e impostos

Sobre cervejas e impostos

Lara Emídio | 24  de maio de 2017

Unplash

Não é novidade alguma dizer que o estado brasileiro é enorme e ineficiente. É de amplo conhecimento a corrupção gigantesca que opera em conjunto com a alta arrecadação de impostos, impostos esses que, de maneira alguma, retornam ao povo.

Há não muito tempo passei a apreciar cervejas artesanais, experimentando diversos rótulos desde então, inclusive alguns brasileiros. Em um fim de semana, comprei uma cerveja de ervas amazônicas e fui para casa apreciá-la. Em um momento de distração, passei a ler as pequenas letras encontradas no final da nota fiscal e me surpreendi com algo bizarro: metade do valor que eu havia pago naquela bebida havia ido para o estado.

Fiquei estarrecida. Comprei uma cerveja para mim e o estado levou outra. Era impossível não refletir sobre a incompetência do estado e dos políticos, sobretudo, daqueles que dizem saber o melhor para você e para mim.

Desde então, me aborreço sempre que uma nota fiscal chega até mim ou vejo qualquer coisa que faça menção a impostos. Entristeço quando me lembro das péssimas escolas estatais mantidas com este dinheiro quando poderíamos pagar boas instituições e estimular a concorrência honesta entre elas promovendo o avanço do conhecimento e o aprimoramento da academia brasileira. No entanto, o magnânimo estado não nos dá essa possibilidade, haja vista que ele nos dá “gratuitamente” educação. Como se não bastasse, de brinde ganhamos um órgão fiscalizador e regulador patético, o Ministério da Educação. Um órgão que vem nos mantendo em 65° entre as 70 nações avaliadas no quesito ciência.

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Somos prisioneiros de um estado grande, corrupto e absolutamente ineficiente. E cá pra nós, não é difícil escrever uma bíblia citando atrocidades cometidas pelo estado controlador e ignorante.

O Brasil precisa de liberdade. Liberdade para o povo investir e, sobretudo, manusear o próprio dinheiro como bem entender e preferir. Não há ninguém capaz, além de nós mesmos, para escolhermos o que nos fará bem de fato. Um governo não poderá, um líder religioso não conseguirá, e um líder sindical muito menos. Nós podemos.

O estado nada mais é que uma fantasia, um deus projetado por homens preguiçosos a ponto de absterem-se da própria liberdade e autonomia para que outro o governe. O estado não ajuda ninguém além de si mesmo e àqueles que o veneram, isto é, os políticos.

Do outro lado, pessoas ajudam pessoas. Pessoas empreendem, transmitem conhecimento, e fazem ciência. Isto é revolucionário!

Em resumo: não toque na minha cerveja, não taxe o povo. A liberdade é inerente ao homem. Precisamos buscá-la e difundi-la. É necessário abandonar a caverna e banhar-se com a luz da liberdade.


Lara Emídio é uma autora convidada do Students For Liberty Brasil

Este artigo não necessariamente representa a opinião do SFLB. O SFLB tem o compromisso de ampliar as discussões sobre a liberdade, representando uma miríade de opiniões. Se você é um estudante interessado em apresentar sua perspectiva neste blog, basta submeter o seu artigo neste formulário: http://studentsforliberty.org/blog/Enviar

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