Chance M.E. Davies | 1 de setembro, 2015
Em maio de 2014, Elon Musk (CEO da SpaceX e Unlicensed Badass) revelou o “Dragon V2”, uma nave espacial capaz de transportar sete astronautas para a Estação Espacial Internacional.
penas dois anos antes, essa mesma empresa foi a primeira empresa privada a colocar uma nave em órbita da Terra, para não mencionar que o fez custando muito menos do que a NASA. Em comparação com naves espaciais anteriores, esta não requer que o Canadarm do ISS atraque, para não mencionar a precisão de sua aterrissagem, semelhante à de um helicóptero.
Com os testes de motores para sua Falcon 9 comercial, foguetes também têm parecido promissores; A data de decolagem para a missão de reabastecimento não tripulada à Estação Espacial Internacional foi definida para o início de janeiro de 2015! A SpaceX é apenas uma das empresas privadas emergentes e concorrentes em busca de alternativas viáveis para a frota aposentada de ônibus espaciais da NASA, visando melhorar ainda mais a indústria espacial. Esta competição leva à busca de tecnologias ainda melhores, e as inovações da SpaceX não são exceção.
Agora, você pode esperar que esta inovação seja apenas uma continuação das nossas realizações passadas de colocar o primeiro satélite no espaço, o primeiro ser humano no espaço, e a primeira aterrissagem na lua em 1969. Mas o astrofísico famoso, Neil de Grasse Tyson reflete sobre fazer a aterrissagem na Lua de forma diferente. Sua crença é que “nós estávamos indo para o espaço, porque estávamos em guerra com a União Soviética.” Uma vez que a NASA provou que poderia pousar americanos na Lua primeiro, a União Soviética perdeu, e todo o recurso para o espaço desapareceu. Isso, infelizmente, deixa pioneiros espaciais em uma indústria estagnada, fortemente regulamentada e monopolizada pelo governo.
A regulamentação e o controle do governo têm impedido uma concorrência para os próximos anos. Não era assim até metade da Administração Reagan, quando o mercado para a exploração espacial passou a ser mais livre nos EUA com a assinatura do Commercial Space Launch Act, de 1984, que permitiu que empresas privadas comercializassem exploração e tecnologia espacial. A razão para a necessidade de desregulamentação desses empreendimentos espaciais foi afirmada de maneira simples por Ronald Reagan, “A fragmentação e autoridade partilhada tinha desnecessariamente complicado o processo de aprovação de atividades no espaço” . Este foi o primeiro passo a dar realmente ao mercado americano a oportunidade de abraçar a exploração do espaço.
Seis anos após a contribuição de Reagan, George H.W. Bush acabaria com o monopólio que a NASA tinha do espaço com o Launch Services Purchases Act, de 1990, que obrigou-os a olhar para a iniciativa privada, ao invés do governo, nos serviços de lançamento às cargas úteis preliminares. Ambos os atos legislativos têm impulsionado a inovação espacial nas últimas duas décadas, com o surgimento de algumas tecnologias extremamente radicais. A desregulamentação leva a um aumento global da concorrência entre as empresas espaciais privadas, evidentemente, levando a uma diminuição gradual nos grandes custos de exploração do espaço (considerado o maior obstáculo para a indústria). Por exemplo, os preços de lançamento diminuíram de 18,158 dólares por libra para 11.729 dólares por libra entre 1990-2000. Abrir a indústria espacial à concorrência está rendendo alguns benefícios sólidos que são incapazes de serem ignorados, e uma continuação desta desregulamentação e privatização só irá aumentar esses benefícios, abrindo ainda mais a indústria a mais concorrentes com outras inovações.
É notório que a SpaceX de Elon Musk não está sozinha neste setor em expansão. Outros empresários e empresas privadas também começaram a mexer com tecnologia espacial e todo o seu potencial, cada um enfrentando seus próprios sucessos e fracassos.
Por exemplo, Richard Branson (fundador da Virgin Galactic) é outro protagonista da indústria espacial, que teve a sua quota de ambas. A Virgin Galactic tem sido uma concorrente fantástica da SpaceX no desenvolvimento de tecnologia para voo espacial comercial, mas teve a sua parcela de falha. Durante um voo de teste em outubro na tentativa de classificar-se para obter uma licença da Federal Aviation Administration, o VSS da empresa caiu e matou um dos dois corajosos pilotos. Apesar disso, Branson continua confiante em sua empresa, e já começou a montagem do VSS Voyager. Esta é a mesma tenacidade e confiança que levaram os irmãos Wright aos primeiros passos na aviação, e nós precisamos agora mais do que nunca. Com a imensa variedade de tecnologia aeroespacial entrando no mercado por causa de Musk, Branson, e outros, há uma grande dose de otimismo na indústria e as oportunidades estão em toda parte.
O empreendedor espacial americano, Dennis Tito, acredita que missões tripuladas para Marte são uma possibilidade na próxima década. Dito isso, até os sonhos de Tito excedem os do empresário holandês, Bas Lansdorp, que acredita que a colonização de Marte é possível em 2023 com o uso de foguetes da SpaceX! Em todo o mundo, existem pessoas determinadas e visionárias de uma infinidade de campos se preparando para a próxima corrida espacial, mas a Nasa pode não estar liderando isso. Fica a certeza, porém, que os sonhos dos seres humanos de atingirem a fronteira final ainda estão seguros nas mãos da iniciativa privada, e isso é uma grande coisa.
A exploração está na nossa natureza. Começamos como andarilhos, e ainda somos andarilhos. Permanecemos tempo suficiente às margens do oceano cósmico. Estamos finalmente prontos para embarcar rumo às estrelas. – Carl Sagan
Chance M.E. Davies foi coordenador de campus do Students For Liberty no Canadá.
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