Ivanildo Terceiro | 19 de fevereiro, 2017
Fotógrafo Desconhecido/Domínio Público
Há 102 anos algo que parecia impossível ocorreu: soldados britânicos e alemães, que lutavam na I Guerra Mundial, foram tomados pelo espírito natalino e depuseram armas.
Pouco a pouco foram se aventurando na famosa “terra de ninguém” entre as trincheiras, e trocaram alimentos, presentes, entoaram cantos natalinos, chegando ao ponto de se sentirem confortáveis até mesmo para jogar futebol.
A língua não era uma barreira para a confraternização, como escreveu o fuzileiro Graham Williams, da 1ª Brigada de Fuzileiros de Londres: “Começamos a cantar O Come, All Ye Faithful e imediatamente os alemães se uniram cantando o mesmo hino em suas palavras latinas, Adeste Fideles. Que coisa extraordinária – duas nações inimigas entoando o mesmo cântico no meio da guerra”.
Estima-se que durante os seis dias da Trégua de Natal, que se espalhou por todo o Front Ocidental, cerca de 100 mil soldados deixaram de lutar.
Preocupados, os comandantes das tropas agiram para evitar que no ano seguinte a trégua ocorresse de novo, deslocando os combatentes de suas posições originais, e punindo qualquer tipo de comportamento amistoso entre soldados “inimigos”.
A história da Trégua de Natal é o exemplo perfeito de como nós não fomos feitos para odiar todos àqueles que não pertencem a nossa tribo, mas sim para amar com todas as forças a liberdade dos outros.
Este artigo não necessariamente representa a opinião do Students For Liberty Brasil (SFLB). O SFLB tem o compromisso de ampliar as discussões sobre a liberdade, representando uma miríade de opiniões. Se você é um estudante interessado em apresentar sua perspectiva neste blog, envie um email para [email protected].